18 de out. de 2008

panem et circenses

Pão e Circo

Sexta-Feira, 17 de Outubro de 2008 - 18:08

A política do pão e circo (panem et circenses) foi criada pelos romanos, que prevê o provimento de comida e diversão em detrimento da liberdade, com o objetivo de diminuir ou acabar com os conflitos.

Morrer com o ser amado - 1968

“Se o homem soubesse amar não elevaria a voz nunca, jamais discutiria, jamais faria sofrer. Mas ele ainda não aprendeu nada. Dir-se-ia que cada amor é o primeiro e que os amorosos dos nossos dias são tão ingênuos, inexperientes, ineptos, como Adão e Eva. Ninguém, absolutamente, sabe amar. D. Juan havia de ser tão cândido como um namoradinho de subúrbio. Amigos, o amor é um eterno recomeçar. Cada novo amor é como se fosse o primeiro e o último. E é por isso que o homem há de sofrer sempre até o fim do mundo - porque sempre há de amar errado.”

Nelson Rodrigues

13 de out. de 2008

Silêncio em meio tantos devaneios


Cena 01 – Praça em frente ao parque – Externa – Dia


Crianças de rua andam rápido, em direção oposta a minha.
Subitamente se aproximam, eu aumento o passo.
Fico com receio, penso coisas absurdas.

Eu: Será que vão me roubar?!


Cena 02 – Cruzamento– Externa – Dia

Um senhor distinto vem logo atrás das crianças, anda rápido.
Sinto-me mais segura, aumento o passo e tento passar rapidamente por elas para chegar logo ao senhor distinto que parece ter pressa, talvez também queira passar logo pelas crianças de rua.


Cena 03 - Praça em frente ao parque – Externa – Dia

Passei pelas crianças, elas pareciam assustadas, o homem realmente estava com pressa.
Caminho rápido pela praça, passo pelas crianças com um olhar gélido, o senhor finge não ver as crianças e passa por mim, indo embora.
Olho para trás e o vejo distante, as crianças estão atrás de uma banca de jornal, paradas.
Viro-me e continuo a andar.


Cena 04 - Praça em frente ao parque – Externa – Dia
Cinco minutos antes.


Ainda longe da praça vem uma garota caminhando


Crianças de rua brincam e riem alegremente na praça.
Um carro para perto do cruzamento e desce um senhor, de aparentemente 55 anos, um senhor distinto, de óculos escuros.
As crianças que estavam a brincar, param quando o senhor se aproxima e fala com duas meninas.

Senhor: Vocês querem brincar? E lhes mostra muito dinheiro.

Mesmo sendo crianças, foi uma quantia já mais vista antes por aquelas meninas.
As crianças se assustam, o vidro do carro abaixa, um outro homem na janela se põe a olhar para as meninas e solta um sorriso.
Assustadas, levantam e começam a andar rapidamente.
O homem do carro sobe o vidro e vai embora.
As crianças aumentam o passo e vêem uma garota caminhando na praça e se sentem um pouco mais seguras.

Atrás das crianças vem o senhor distinto, que tem pressa e não quer ser reconhecido por ninguém

Sutil



O que era pressa, agora é vontade de ficar;
O que já foi ansiedade virou sossego;
... já posso esperar.

Posso esperar, sentir e ouvir;
Conversar, sorrir e fazer piadas que só eu entendo!
Criar trilhas sonoras para os dias.
Escolher, mas mesmo assim mudar de idéia;
Criar teorias, fugir do desconforto, mudar de caminho;
Imaginar um curta-metragem para cada situação.

Rir sozinha,
Não pela solidão, mas pelo essencial dito ontem.
Perceber a minha admiração pela simples escolha do verde.
Sutilmente em transição,
Sutilmente admirando.

su.til
adj. m. e f. 1.Que recebe facilmente as impressões (falando dos sentidos); agudo, apurado, delicado, penetrante. 2. Feito com arte e delicadeza.

10 de out. de 2008

8 de out. de 2008

estar en cierne



O lugar esquecido que chama atenção;
Os esquecidos que já não chamam atenção;
A noite que se torna curta;
Da interferência o sorriso único.